Moscovo, Paris, Londres, Turim, Tânger, Madrid, Nova Iorque, what the heck!... Desde que possa sentar-me num cinema, de frente para um écran gigantesco, e veja filmes de acção como este, tanto se me dá. The Bourne Ultimatum tem apenas dois defeitos, e nem sequer são narrativos. Há ali um bocadinho em que descamba para o lamechas, quando o tipinho, depois de descobrir que é matador a soldo, e tal, confronta outro que o vinha assassinar, com o esperado "já pensaste bem no que nos transformaram?" Bullshit, era escusado. O outro é a cena final, dentro de água, mas não adianto. Está mal, full stop. De resto, venham mais quatrocentos e quinze ultimatos, saltos de janelas com vidros partidos, tiros de carros em andamento, apartamentos destruídos pelos polícias, mesas de café insuspeitas e gares perfeitas, cheias e anonimáveis, mortos por inabilidade e inanidades afins. Muitos, muitos mais filmes noir do nosso tempo, sem fito ou intuito, só rostos perdidos nos cenários urbanos. Perdidos por dentro.
2 comentários:
e venham mais textos como este, que nos lembra que o cinema tem múltiplas funções. Uma delas é de provocar deleite e esquecimento, tão necessários para a sobrevivência na selva urbana que nos rodeia a todos.
Apesar de ter gostado do filme, concordo com o que aqui foi escrito, já que o cinema é mais do fogo de artíficio.
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