(Lázaro Ramos no papel de André em O Homem que Copiava, Jorge Furtado, 2003)
O post anterior, do Audaci Jr., fez-me pensar (uma vez mais) na distância gigantesca entre os filmes e os espectadores. Aqui há quase um mês aconteceu em Lisboa a segunda edição da Mostra de Cinema Brasileiro em Portugal. É uma iniciativa da Fundação Luso-Brasileira e faz sentido que seja. O que sempre me surpreende é que, para se ver cinema brasileiro em Portugal, se tenha que organizar uma Mostra. Vou-me dando conta de que, apesar de uma língua comum, não é, de facto, simples nem fácil ver cinema do Brasil em salas de exibição portuguesas. Quem vive em Lisboa ou lá perto ainda pode - uma vez por ano desde há dois anos, note-se - ter a oportunidade de assistir ao que se vai realizando no Brasil. Mas um ser periférico como eu, por mais interesse que tenha no assunto, vê-se grego... E assim, se não for colmatando estas falhas com um DVDzinho aqui e ali, ou seja, nas salas, nicles!, quando ouço falar sobre Cinema Novo brasileiro, parece-me chinês...
2 comentários:
Infelizmente (de novo!), aqui no Brasil não é diferente... Se você não estiver nas grandes capitais (festivais e mostras em São Paulo, Rio de Janeiro...) praticamente não vê coisas novas de fora(Salas de projecção por aqui? Só blockbusters...). O óasis mesmo são os festivais, como o Cine Port (que aconteceu este ano onde moro, na Paraíba), jogando luz ao Cinema de Portugal no Brasil...
pois...eu que idolatro a rapaziada do Cinema Novo "sofro" com essa falta de exibição. Mas é uma coisa tonta, porque Glauber (um dos meus de cabeceira) filmou documentários no pós 25 do A. por cá e por cá viveu.... :(
O próprio Cinema Novo, apesar de não ser chinês, às vezes anda perto. Chega a ser a uma ópera barroco-tropical! (penso sobretudo no "terra em transe", do Glauber)
Para juntar à festa, os lançamentos em DVD não são muitos. Tirando a integral do Joaquim Pedro de Andrade (caixa francesa..), pouco mais há :(
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