ESTREIA EM FARO!!
UMA NOMEAÇÃO PARA ÓSCAR (Michelle Williams).
Um ícone que tenha marcado a História, seja do cinema, da música ou de qualquer outra área, terá certamente muito para contar. Então quando se fala de Marilyn Monroe é impossível alguém não ficar curioso com o que aí virá. A Minha Semana com Marilyn faz-nos recordar uma estrela através de outra: Michelle Williams, que prova aqui a sua qualidade como actriz, se é que ainda restava alguma dúvida.
Tendo por base dois livros de Colin Clark, onde este relata acontecimentos do tempo em que conheceu Marilyn Monroe, Simon Curtis realizou um filme leve, que não traz algo absolutamente novo, mas que reúne um elenco de alto nível, com excelentes interpretações, e que vive tudo tão intensamente que consegue que haja um grande envolvimento do público.
Tudo se passa em 1956, quando o jovem Colin Clark, acabado de sair de Oxford, quer fazer sucesso na indústria cinematográfica. Depois de grande insistência, o rapaz consegue um trabalho como assistente de produção do filme The Prince and the Showgirl, que junta Sir Laurence Olivier e Marilyn Monroe, que acaba de regressar de lua-de-mel, após o casamento com o seu novo marido Arthur Miller. Este trabalho proporciona a Colin a oportunidade de conhecer a actriz, acabando por passar uma semana inteira com ela. Enquanto ele lhe mostra a cidade e o estilo de vida britânico, ela abre-lhe as portas para a sua intimidade, dando-lhe a conhecer as suas inseguranças e fraquezas.
Colin Clark relata estes acontecimentos em dois livros, que serviram de base para A Minha Semana com Marilyn, tendo o primeiro sido lançado 40 anos depois destes acontecimentos. The Prince, the Showgirl and Me relata tudo o que aconteceu durante a rodagem do filme. Contudo, há uma semana que não é mencionada neste livro. Só alguns anos depois é que My Week with Marilyn é publicado e consigo também essa semana.
No filme, tudo é contado também do ponto de vista de Colin, através de quem vamos conhecendo as outras personagens e a relação que com elas estabelece. Com alguns momentos interessantes, o que realmente é de destacar em A Minha Semana com Marilyn é a própria, ou melhor dizendo, a actriz que a interpreta, Michelle Williams.
Ela é o filme, com uma interpretação magistral, digna de Óscar. Williams tem provado ao longo dos últimos anos a boa actriz que é, e podemos recordar o seu desempenho em filmes como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), que lhe valeu uma nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária, ou mais recentemente em O Atalho (2010), Shutter Island (2010) ou, para mim o mais desafiante, Blue Valentine – Só Tu e Eu (2010), onde foi uma forte candidata a vencer o prémio da Academia para melhor actriz principal.
As parecenças físicas entre as actrizes são muitas mais do que se poderia imaginar, mas Michelle Williams não consegue apenas parecer-se com Marilyn Monroe fisicamente. Todos os seus gestos, a forma de caminhar nos lembra Monroe. As suas gargalhadas características, a sua forma de falar, um pouco afectada, sempre com um ar um pouco perdido, tudo tão igual à original. E a forma como Williams incorpora a personagem é de aplaudir. A dificuldade em lidar com a fama e o fascínio que desperta em todos aqueles que a rodeiam (e as implicações que isso tem também no seu estado psicológico), o desencanto que vive depois de uma série de relações fracassadas, as suas constantes alterações de humor e a dependência de medicamentos, que tão bem mostram o estado de depressão em que vivia, são todos exemplos que nos fazem aperceber da exigência desta personagem e da entrega da actriz que a interpreta.
O resto do elenco contribui também para que este seja um filme bastante agradável. Kenneth Branagh comoSir Laurence Olivier tem um interpretação muito curiosa, e é um óptimo exemplo da dificuldade em lidar comMarilyn, aliada a um encanto enorme pela actriz. Eddie Redmayne, na pele do protagonista Colin Clark, é quem nos conta tudo. A sua relação com Monroe é a chave para penetrarmos na sua intimidade. De destacar é ainda a sempre fantástica Judi Dench, no papel de Dame Sybil Thorndike, com quem facilmente se simpatiza. Com papéis mais pequenos, mas não deixando de ser um prazer vê-las, Julia Ormond é a também icónica Vivien Leigh, e Emma Watson (a eterna Hermione) regressa ao grande ecrã como Lucy.
É dos actores, especialmente de Williams, que A Minha Semana com Marilyn vive, e não seria preciso muito mais do que eles. Uma história contada de forma simples, mas interpretada de corpo e alma pela protagonista, fará qualquer um ficar com vontade de passar também uma semana com Marilyn Monroe, ou porque não, com Michelle Williams.
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Inês Moreira Santos, espalhafactos.com
UMA NOMEAÇÃO PARA ÓSCAR (Michelle Williams).
Um ícone que tenha marcado a História, seja do cinema, da música ou de qualquer outra área, terá certamente muito para contar. Então quando se fala de Marilyn Monroe é impossível alguém não ficar curioso com o que aí virá. A Minha Semana com Marilyn faz-nos recordar uma estrela através de outra: Michelle Williams, que prova aqui a sua qualidade como actriz, se é que ainda restava alguma dúvida.
Tendo por base dois livros de Colin Clark, onde este relata acontecimentos do tempo em que conheceu Marilyn Monroe, Simon Curtis realizou um filme leve, que não traz algo absolutamente novo, mas que reúne um elenco de alto nível, com excelentes interpretações, e que vive tudo tão intensamente que consegue que haja um grande envolvimento do público.
Tudo se passa em 1956, quando o jovem Colin Clark, acabado de sair de Oxford, quer fazer sucesso na indústria cinematográfica. Depois de grande insistência, o rapaz consegue um trabalho como assistente de produção do filme The Prince and the Showgirl, que junta Sir Laurence Olivier e Marilyn Monroe, que acaba de regressar de lua-de-mel, após o casamento com o seu novo marido Arthur Miller. Este trabalho proporciona a Colin a oportunidade de conhecer a actriz, acabando por passar uma semana inteira com ela. Enquanto ele lhe mostra a cidade e o estilo de vida britânico, ela abre-lhe as portas para a sua intimidade, dando-lhe a conhecer as suas inseguranças e fraquezas.
Colin Clark relata estes acontecimentos em dois livros, que serviram de base para A Minha Semana com Marilyn, tendo o primeiro sido lançado 40 anos depois destes acontecimentos. The Prince, the Showgirl and Me relata tudo o que aconteceu durante a rodagem do filme. Contudo, há uma semana que não é mencionada neste livro. Só alguns anos depois é que My Week with Marilyn é publicado e consigo também essa semana.
No filme, tudo é contado também do ponto de vista de Colin, através de quem vamos conhecendo as outras personagens e a relação que com elas estabelece. Com alguns momentos interessantes, o que realmente é de destacar em A Minha Semana com Marilyn é a própria, ou melhor dizendo, a actriz que a interpreta, Michelle Williams.
Ela é o filme, com uma interpretação magistral, digna de Óscar. Williams tem provado ao longo dos últimos anos a boa actriz que é, e podemos recordar o seu desempenho em filmes como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), que lhe valeu uma nomeação para o Óscar de melhor actriz secundária, ou mais recentemente em O Atalho (2010), Shutter Island (2010) ou, para mim o mais desafiante, Blue Valentine – Só Tu e Eu (2010), onde foi uma forte candidata a vencer o prémio da Academia para melhor actriz principal.
As parecenças físicas entre as actrizes são muitas mais do que se poderia imaginar, mas Michelle Williams não consegue apenas parecer-se com Marilyn Monroe fisicamente. Todos os seus gestos, a forma de caminhar nos lembra Monroe. As suas gargalhadas características, a sua forma de falar, um pouco afectada, sempre com um ar um pouco perdido, tudo tão igual à original. E a forma como Williams incorpora a personagem é de aplaudir. A dificuldade em lidar com a fama e o fascínio que desperta em todos aqueles que a rodeiam (e as implicações que isso tem também no seu estado psicológico), o desencanto que vive depois de uma série de relações fracassadas, as suas constantes alterações de humor e a dependência de medicamentos, que tão bem mostram o estado de depressão em que vivia, são todos exemplos que nos fazem aperceber da exigência desta personagem e da entrega da actriz que a interpreta.
O resto do elenco contribui também para que este seja um filme bastante agradável. Kenneth Branagh comoSir Laurence Olivier tem um interpretação muito curiosa, e é um óptimo exemplo da dificuldade em lidar comMarilyn, aliada a um encanto enorme pela actriz. Eddie Redmayne, na pele do protagonista Colin Clark, é quem nos conta tudo. A sua relação com Monroe é a chave para penetrarmos na sua intimidade. De destacar é ainda a sempre fantástica Judi Dench, no papel de Dame Sybil Thorndike, com quem facilmente se simpatiza. Com papéis mais pequenos, mas não deixando de ser um prazer vê-las, Julia Ormond é a também icónica Vivien Leigh, e Emma Watson (a eterna Hermione) regressa ao grande ecrã como Lucy.
É dos actores, especialmente de Williams, que A Minha Semana com Marilyn vive, e não seria preciso muito mais do que eles. Uma história contada de forma simples, mas interpretada de corpo e alma pela protagonista, fará qualquer um ficar com vontade de passar também uma semana com Marilyn Monroe, ou porque não, com Michelle Williams.
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Inês Moreira Santos, espalhafactos.com
Título Original: My Week with Marilyn
Realização: Simon Curtis
Argumento: Adrian Hodges , Colin Clark (livros)
Música: Conrad Pope
Fotografia: Ben Smithard
Montagem: Adam Recht
Interpretação: Michelle Williams, Eddie Redmayne,Kenneth Branagh, Julia Ormond,
Pip Torrens, Geraldine Somerville, Michael Kitchen, Miranda Raison
Origem: Reino Unido/EUA
Ano: 2011
Duração: 99’
Preço por sessão
Sócios CCF 2€, Estudantes 3,5€, Restante 4€
Passe para os 10 dias
Sócios 15€
Não-Sócios 25€
Reservas
cineclubefaro@gmail.com
Sócios CCF 2€, Estudantes 3,5€, Restante 4€
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Sócios 15€
Não-Sócios 25€
Reservas
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