Hi mom!

Bom, primeiro disseram-me que era sem compromisso; depois que era só para escrever uma coisinha de nada, mas que tinha de ser hoje, uma notinha para mostrar amanhã às pessoas. Só um obrigada cineclube, bem-hajas, que tantos momentos felizes nos tens dado, sem ti que faríamos das horas mortas, dos dias úteis, das sequelas do Homem Aranha? Afinal, chego aqui e vejo posts enormes, interessantíssimos, eloquentes, com fotos, às cores, com referências ao cânone. Pronto, já fiquei nervosa; e agora digo o quê?
Na verdade, é uma honra poder contribuir para o blog do Cineclube de Faro. Agradeço muito o convite. É um prazer escrever para o Cineclube (na verdade é uma tortura, estou aqui há horas) e é um prazer escrever sobre cinema (melhor que Heidegger, pelo menos).
Antes de prosseguir, o encómio, esse, acabou, que diabo, não vamos estragá-lo, ao cineclube, com mimos, logo no primeiro dia, antes de prosseguir, dizia, seria importante que as pessoas (as tais que vão ler isto amanhã) soubessem que eu escrevo muito pouco, com muito pouca frequência e raramente acrescento algo de novo ao que já foi dito. Para depois não dizerem que eu não avisei. Já me esquecia, também tenho uma certa tendência para a reflexividade. Felizmente que, neste texto, isso não acontece, a hipnose afinal resulta. De maneira que não vão ter grandes chatices comigo daqui para diante; um post de vez em quando, e e.
É uma pena não poder estar aí amanhã. Daria um abraço muito forte a todos os meus amigos cineclubistas e agradeceria pessoalmente o convite que me fizeram. Como não posso, deixo antes esta espécie de aceno, este hi mom, parecido àquele que sempre fazemos, envergonhados, quando somos apanhados pela câmara. Agora mediado pela blogosfera, em vez de o ser pelas câmaras de televisão (o que vai quase dar no mesmo), o meu hi mom inspira-se antes no de Jon Rubin, o protagonista do filme de Brian de Palma. Têm tanto de inocente um como o outro. E de perverso. E de reflexivo. E no entanto, ou por isso mesmo, não posso deixar de o evocar e de o repetir.
De qualquer maneira, salvaguardem-se as diferenças. Rubin tinha acabado de destruir um edifício. Eu só escrevi um post.
E e.

3 comentários:

anabela moutinho disse...

:D:D:D:D:D:D

adoro-te, pá! o que eu me ri!!!!

saudades miúda. tudo de bom.

e é SEM compromisso excepto o de escreveres pois assim quando puderes mas também não abuses nas ausências prolongadas, hein???

Anónimo disse...

Parabéns ao blog e à blogante e que continue sempre, muito muito "reflexivamente", a fazer-nos boas reflexões cinematográficas.

Beijos

Rf disse...

muito dª marina... a nossa mais independente sócia, que um dia nos vai dar umas palestras formativas sobre cinema independente, certo??????????????

beijinhos

ps- deste férias à lagarta??