Ia escrever uma daquelas lengalengas tipo "nostalgia do passado" (ou, mais in, "trip down memory lane"), mas desapeteceu-me. Não estou com pachorra para nostalgias. Além do mais, quero testar o "não estar com pachorra" enquanto escrevo este primeiro post. É que o "não estar com pachorra" veste - oh tão frequentemente - a preguiça de pôr em escrito aquelas ideias que cruzam a cabeça de uma pessoa (ia escrever "de um gajo", mas depois lembrei-me de susceptibilidades e da pressa com que se tiram conclusões sobre o que não esta escrito, e desisti. Sou tão cuidadosa com o que escrevo, sim, sim...) a mil à hora, todos os dias, a cada passo que cada pé marca no chão enquanto se caminha. Penso eu (ia acrescentar "parece-me", mas lembrei-me do quanto sou criticada por não ter um discurso mais afirmativo, mais seguro. Tenho um discurso muito inseguro, sim pois.). Quando vejo filmes é o mesmo que quando caminho - cruzam-se as ideias à velocidade do pó espalhado na sala e visto no braço longuíssimo da luz que a câmara projecta. Não andam muito depressa, os pontinhos vazios nessa luz. Mas não param de andar, de se mexer. Adiante. Dizia que estava para escrever um post "por aí a baixo", mas vai-me é saindo uma prosa para dizer como quero aparecer neste lugar novo. Quero que seja assim: sem grandes "renhinhins", mas com tento na gramática; ou seja, sem me fazer muito formal, mas com vontade de saber do que escrevo - o que me fará procurar, em não sabendo. Um gajo aprende tanto com os filmes!
(Entrei para o CCF quando, em 96? Estou orgulhosa por estar a escrever neste blogue. Espero que por longo e muito aprazível tempo.)
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