Dia 3
O Dia da Saia
Jean-Paul Lilienfeld
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Estamos perante um filme corajoso e perturbador. Corajoso porque não entra em jogos de moralidade dúbia e perturbador porque, custe o que custar a todos os optimistas que leiam isto, demonstra uma realidade muito verdadeira e pertinente. Perante um bando de “terroristas” que só se preocupam em armar-se em bons e dizerem que os estudos são para os marrões, Sonia perde a cabeça e vê-se obrigada a dar a aula da única forma possível: de arma em punho.
É imperativo que se organizem viagens de estudo com os jovens, para que eles possam ver a figura que por vezes fazem e reflictam no rumo que as coisas estão a tomar. Estamos no ponto de ruptura, onde todas as liberdades e direitos são concedidos aos alunos e não se lhes exige nenhuma obrigação ou dever.
Título Original: La Jounée de la Jupe
Realização: Jean-Paul Lilienfeld
Argumento: Jean-Paul Lilienfeld
Interpretação: Isabelle Adjani, Marc Citti, Denis Podalydès, Yann Collette, Nathalie Besançon
Direcção de Fotografia: Pascal Rabaud
Música: Kohann
Montagem: Aurique Delannoy
Origem: França/Bélgica
Ano de Estreia: 2009
Duração: 87’
Realização: Jean-Paul Lilienfeld
Argumento: Jean-Paul Lilienfeld
Interpretação: Isabelle Adjani, Marc Citti, Denis Podalydès, Yann Collette, Nathalie Besançon
Direcção de Fotografia: Pascal Rabaud
Música: Kohann
Montagem: Aurique Delannoy
Origem: França/Bélgica
Ano de Estreia: 2009
Duração: 87’
Dia 10
Um Dia de Cada Vez
Mike Leigh
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De repente, o cinzento e sisudo Mike Leigh deixou-se dominar pelo sorriso colorido de Sally Hawkins. É o que parece neste delicioso «Um Dia de Cada Vez» (mais uma tradução redutora face ao original Happy-Go-Lucky), obra cujo propósito é evidenciar o poder da alegria.
E até onde pode ir a boa disposição? Muito longe, contagiando tudo e todos, até quem não quer dar uma cedência à depressão e ao isolamento.
As premissas deste filme genuinamente britânico são tão simples quanto sinceras. O objectivo é apenas o de seguir os passos de Poppy, uma professora primária numa escola dos subúrbios londrinos, que optou por ser feliz. Apenas isso. Sempre afável, tem um visual muito próprio - feito de roupas exuberantes e botas de salto pontiagudo - e uma atitude descomprometida perante a vida. Às críticas de que é boazinha de mais, a protagonista responde com uma piada. Aos apupos pela sua irritante gargalhada, Poppy apenas se limita a repeti-la. E logo ao fim de poucos minutos o espectador está rendido pela singeleza das suas intenções.
Título Original: Happy-Go-Lucky
Realização: Mike Leigh
Argumento: Mike Leigh
Interpretação: Sally Hawkins, Alexis Zegerman, Andrea Riseborough
Direcção de Fotografia: Dick Pope
Música: Gary Yershon
Montagem: Jim Clark
Origem: Reino Unido
Ano de Estreia: 2008
Duração: 118’
Realização: Mike Leigh
Argumento: Mike Leigh
Interpretação: Sally Hawkins, Alexis Zegerman, Andrea Riseborough
Direcção de Fotografia: Dick Pope
Música: Gary Yershon
Montagem: Jim Clark
Origem: Reino Unido
Ano de Estreia: 2008
Duração: 118’
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António Campos foca a relação dos adolescentes com a Internet, usando para tal o ambiente snob de um colégio interno de Nova Inglaterra, onde a imaturidade própria da adolescência é acentuada pelos alunos se acharem acima das normas sociais. Uma tragédia morbidamente fascinante que é também uma visão sem concessões da hipocrisia americana. Ama-se ou odeia-se, mas é preciso reconhecer que Afterschool é uma primeira obra de destaque do talentoso realizador nova-iorquino. O trabalho do documentarista Frederick Wiseman é uma fonte de inspiração assumida de António Campos, mas também podemos citar Gus van Sant ou Michael Haneke. Afterschool um filme elegante e perturbador.
Título Original: Afterschool
Realização: Antonio Campos
Argumento: Antonio Campos
Interpretação: Ezra Miller, Jeremy White, Emory Cohen, Michael Stuhlbarg
Direcção de Fotografia: Jody Lee Lipes
Música: Rakotondrabe Gaël
Montagem: Antonio Campos
Origem: EUA
Ano de Estreia: 2009
Duração: 106’
Dia 24
Ou Morro, Ou Fico Melhor
Laurence Ferreira Barbosa
A tristeza na adolescência é raramente evocada com tanta sensibilidade e idiossincrasia como aquela que Laurence Ferreira Barbosa revela na história de um rapaz perdido e das suas mais recentes “conhecidas”, totalmente inconformadas. À medida que a relação dos adolescentes se vai tornando numa folie à trois, os adolescentes vão caminhando de situações desajeitadas e humilhantes, para outras bem perigosas. A sensibilidade de Barbosa espelha-se num malabarismo entre a comédia, o embaraço social, e o drama psicológico numa história que – mesmo na volumosa área dos dramas dos adolescentes – se destaca como uma evocação de como é sentir-se jovem, estranho e solitário. As interpretações destes novatos da representação são notáveis. Civil e as irmãs Barbosa concedem aquele extra arrojado de hip-ness e perversidade perturbante.
Titulo Original: Soit Je Meur, Soit Je Vais Mieux
Realização: Laurence Ferreira Barbosa
Argumento: Laurence Ferreira Barbosa, Nathalie Najem
Interpretação: Florence Thomassin, François Civil, Marine Barbosa, Carine Barbosa, Thomas Cerisola
Direcção de Fotografia: Julien Hirsch
Música: Reno Isaac
Montagem: Isabelle Poudevigne
Origem: França
Ano de Estreia: 2009
Duração: 113’
Realização: Laurence Ferreira Barbosa
Argumento: Laurence Ferreira Barbosa, Nathalie Najem
Interpretação: Florence Thomassin, François Civil, Marine Barbosa, Carine Barbosa, Thomas Cerisola
Direcção de Fotografia: Julien Hirsch
Música: Reno Isaac
Montagem: Isabelle Poudevigne
Origem: França
Ano de Estreia: 2009
Duração: 113’
Dia 31
Uns Belos Rapazes
Riad Sattouf
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Um borbulhoso retrato do estranho, selvático e incrivelmente desconfortável tempo da adolescência, UNS BELOS RAPAZES coloca uma mão cheia de gargalhadas de torcer o coração directamente no focinho.
O desenhador de Banda Desenhada Riad Sattouf estreia-se com um conto divertido sobre um par de falhados que vive pequenos triunfos e humilhações intermináveis de uma ânsia sexual adolescente. Embora o filme adolescente conhecido como o tenho-de-dar-queca tenha sido rotineira e ainda mais eficazmente explorado no passado, Sattouf e o co-argumentista Marc Sygras (Replay) oferecem uma forma de comédia ainda mais cruel, presenteando uma série de gargalhadas visuais – numa média de uma ou duas por cena – concentrada em todos os poros oleosos das suas personagens.
Título Original: Les Beaux Gosses
Realização: Riad Sattouf
Argumento: Riad Sattouf Et Marc Syrigas
Interpretação: Vincent Lacoste, Anthony Sonigo, Alice Trémolières, Noémie Lvovsky
Direcção de Fotografia: Dominique Colin
Música: Flairs e Riad Sattouf
Montagem: Virginie Bruant
Origem: França
Ano de Estreia: 2009
Duração: 90’
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