Ainda Oliveira
em novembro, paisagens humanas
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(Cinatrium, 21h30)
DIA 5
alexandra, alexandr sokurov, rússia, frança, 2007, 92’, m/12
Sokurov foi descoberto em Portugal com "Mãe e Filho". Foi há cerca de dez anos, mas depois disso, e apesar de o cineasta ser bastante prolífico e manter há décadas um ritmo de pelo menos um filme por ano, por cá só se estreou "Pai e Filho", de 2003. "Alexandra" é o terceiro Sokurov a estrear em Portugal. Talvez se pudesse chamar "Avó e Neto", porque é disso que se trata (do encontro entre uma avó e um neto), integrando-se naquilo que se vai tornando, dentro da obra do cineasta russo, uma "série" dedicada ao amor familiar (e ainda lhe falta um filme sobre o amor fraternal, que há uns anos manifestou intenção de fazer). Mas ao mesmo tempo é de muito mais do que apenas um encontro entre uma avó e um neto que "Alexandra" trata. Complexo e flutuante (tão flutuante como a câmara de Sokurov, novo mestre do "travelling" e, supomos, do "steadycam"), é um dos filmes mais ricos, mais misteriosos, mais interpelativos, que veremos este ano.
Luís Miguel Oliveira
DIA 12
gomorra, matteo garrone, itália, 2008, 137’, m/16
Garrone adopta um tom bastante seco, evitando rodear os problemas ou romancear as situações. Tudo se revela com a dureza e a crueldade com que decorre na vida real, o que constitui uma vantagem para a narrativa que se torna genuína e de grande impacto. São os crimes e os vícios da Camorra que envolvem as diversas personagens, que se envolvem e envolvem outros num mundo de crime em que não há lugar para escrúpulos ou para um recuo.
Mesmo que de forma indirecta é a sociedade capitalista que está em causa, com as suas portas abertas à formação de pessoas que acabam por ver no lucro o único objectivo da vida, dando com alguma facilidade o passo da legalidade para o mundo do crime.
Premiado em Cannes com a Palma de Ouro, "Gomorra" merece sem dúvida a atenção do público cinéfilo.
cinedoc.pt
DIA 19
a ronda da noite, peter greenaway, canadá/frança/alemanha/polónia/holanda/reino unido, 2007, 134’, m/12
O quadro A Ronda da Noite, pintado por Rembrandt em 1642, e que deveria antes ser conhecido por A Companhia de Frans Banning Cocq e Willem von Ruytenburch, representa uma companhia de milicianos encabeçada por ricos mercadores de Amesterdão, pintada de forma dinâmica, prestes a marchar, ao invés de ser retratada em fila ou no banquete anual, como era convenção na época. Certo?
Errado. Totalmente errado, na opinião do realizador, e também pintor e desenhador britânico Peter Greenaway. Segundo ele, Rembrandt pintou A Ronda da Noite para denunciar o assassínio de uma das pessoas que deveria ter sido representada no quadro, e apontar os culpados, nele imortalizados.
Greenaway chama à obra-prima "o j'accuse de Rembrandt". Um corajoso ataque aos burgueses que encomendaram e pagaram a tela, e estavam envolvidos numa cabala para obter mais dinheiro, influência, proeminência social e mais poder em Amesterdão, na altura a cidade mais rica e próspera do Ocidente.
De acordo com Greenaway, a originalidade formal da famosa tela mais não é do que a maneira que o artista encontrou para semear as pistas alegóricas que permitiriam aos bons observadores desvendar o mistério e identificar os assassinos, sob a forma de várias "anomalias" pictóricas.
Eurico de Barros
DIA 26 – REPETIÇÃO*
aquele querido mês de agosto, miguel gomes, portugal, 150’, m/ 12 anos, presença do realizador (a confirmar), do produtor e do actor
*repetição – dado o sucesso do filme, o número de espectadores que não puderam entrar por a sala ter esgotado e querermos ajudar a produtora deste filme a alcançar os 20.000 espectadores (o que lhe permitirá aceder a certos apoios do Instituto do Cinema).
No coração do Portugal profundo, serrano, no meio de bailaricos nasce um filme, entre o documentário e a ficção, onde uma equipa de filmagem procura actores, e ao mesmo tempo transforma-se num elemento activo da acção. Amor e música, em sintonia com histórias de vidas mais ou menos estigmatizadas pela interioridade. Aquele Querido Mês de Agosto”, o único filme português presente em Cannes, incluído na Quinzena dos Realizadores, é um objecto cinematográfico aliciante.
Palestra no Dia Mundial da Animação
Olá, boa tarde.
Gostava de contar com a vossa presença na palestra que irei apresentar:
Emile Reynaud e a invenção do cinema de animação
O significado do dia 28 de Outubro de 1892 e a importância das invenções de Reynaud no contexto da arte cinematográfica.
A realização desta palestra insere-se no programa nacional de actividades comemorativas do Dia Mundial da Animação, coordenado pela Casa da Animação do Porto.
Data e local:
28 de Outubro, 18h/19h
Anfiteatro Paulo Freire da Escola Superior de Educação
Campus da Penha / Universidade do Algarve
Para mais informações contactar:
Escola Superior de Educação
Telefone: 289 800 126
E-mail: cdese@ualg.pt
Onde é que eu já vi isto?
Isto (re)começa bem!
(a ver se é desta que voltamos... ao blog)
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PROGRAMAÇÃO CINECLUBE DE FARO
Setembro/Outubro
Cinatrium, 21h30
CICLO O AMOR É UM LUGAR ESTRANHO
17 set
O SEGREDO DE UM CUSCUZ, abdel kechiche, frança, 2007, 151’, m/ 12 anos
É um dos mais extraordinários filmes que vamos poder ver todo este ano, por tudo aquilo que é sem nunca realmente o ser: não é um panfleto social, não é um melodrama lamecha, não é uma comédia truculenta, mas a história do sr. Beji, um operário desempregado que decide arriscar tudo na concretização do seu sonho secreto de abrir um restaurante, é tudo isso ao mesmo tempo.
Jorge Mourinha, Público
24 set
LARS E O VERDADEIRO AMOR, craig gillespie, eua, 2007, 106’, m/ 12 anos
Para os menos avisados, Lars e o Verdadeiro Amor seria um filme a carburar na vertente kinky, com uma figura triste e desequilibrada a satisfazer os seus desejos sexuais numa boneca de sexo, com enorme potencial para cair no ridículo. Porém, a película não é rigorosamente nada disso. Trata-se mesmo de uma verdadeira história de amor, a de um rapaz adorável e tímido de quem toda a gente gosta, que canaliza todas as suas afeições num objecto inanimado (uma boneca insuflável). E é a sensibilidade, o equilíbrio, a profundidade, a não convencionalidade e a forma como consegue manipular vários temas complexos de forma aparentemente simples, gerindo com mestria a evolução de todas as várias reacções ao invulgar casal, que dá ao filme toda a sua riqueza. Lars e o Verdadeiro Amor é uma das maiores estreias nas salas nacionais em 2008.
1 out
JUNO, jason reitman, eua, 2007, 92’, m/ 12 anos
Ela tem um telefone em forma de hamburger, um cachimbo que não deita fumo, uma gravidez indesejada e diz frases que nem os tradutores conseguiram decifrar. Juno é a comédia que podia ser drama mas decidiu trocar as voltas aos que, olhando para o cartaz, o tomaram como um teen movie. De facto, as comédias politicamente incorrectas, que olham para uma situação complicada de um prisma menos usado são uma boa alternativa aos formatos já saturados. Juno é o exemplo máximo de como trazer quilos de originalidade a uma história que já vimos contada mil vezes. Ganhou o Óscar de Melhor Argumento Original.
Ines Gens Mendes
8 out
LUZ SILENCIOSA, carlos reygadas, méxico / frança / holanda / alemanha, 2007, 136’, m/ 12 anos
Rodado de uma forma sublime, na comunidade menonita mexicana perto de Chihuahua, este conto revela-se inesperadamente empolgante. Desde a primeira cena, pelo olhar que se estende lânguido sobre o nascer do dia por cima da planície mexicana, torna-se claro que não este é um filme com pressa de chegar ao final. A história, sobre um amor proibido numa comunidade religiosa rural, transformou este autor numa das vozes mais distintas no mundo do cinema contemporâneo. Projectado para um êxito arrebatador em Cannes, onde venceu o Prémio do Júri, Luz Silenciosa foi considerado o filme mexicano mais seguro feito até hoje. Apesar da mestria técnica que revela, o cineasta consegue presentear-nos com um filme que, mais do que um exercício frio e calculado de excelência sonora e visual, é um trabalho terno, tocante e profundo que convida à contemplação e à discussão. Esta é por isso uma obra indispensável para todos os que gostam do cinema, enquanto forma de arte.
15 out
AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO, miguel gomes, portugal, 150’, m/ 12 anos
No coração do Portugal profundo,serrano, no meio de bailaricos nasce um filme, entre o documentário e a ficção, onde uma equipa de filmagem procura actores, e ao mesmo tempo transforma-se num elemento activo da acção. Amor e música, em sintonia com histórias de vidas mais ou menos estigmatizadas pela interioridade. Aquele Querido Mês de Agosto”, o único filme português presente em Cannes, incluído na Quinzena dos Realizadores, é um objecto cinematográfico aliciante.
22 out
OS AMORES DE ASTREA E CELADON, eric rohmer, frança / itália / espanha, 2007, 109’
Veterano do cinema francês mais sólido e experimental, o realizador Eric Rohmer, que já vai a passos largos para os 90 anos, voltou a testar modelos e conceitos estruturais, mas recorrendo acima de tudo à simplicidade e ao pendor ingénuo dos sentimentos. «Os Amores de Astrea e de Celadon», que foi nomeado para o Leão de Ouro do Festival de Veneza do ano passado, seria o filme perfeito se em meados de 1600 já houvesse cinema. Não havia, mas havia poesia séria, cantigas e danças feitas de ternura e uma veia extrema para amar. É esse lado puro que domina desde a primeira cena esta adaptação simpática de uma obra de Honoré Urfé, assente numa história de amor que não vai ser nada fácil de concretizar...
28 out (3ª f)
BALAOU, gonçalo tocha, portugal, 2007, 77’, COM A PRESENÇA DO REALIZADOR
Sete meses depois da morte da mãe, um homem regressa à terra da sua família, em São Miguel, nos Açores. Entre os mais recentes membros da família encontra-se com a tia-avó, de 91 anos, que espera… a morte. À noite a família reúne-se e conversa sobre Deus e sobre a morte. Durante o dia ele nada no mar daquela ilha vulcânica. Um dia encontra Florence e Beru, um casal francês, que está a cruzar o Oceano Atlântico num barco chamado Balaou. Dividido em três momentos e oito lições, Balaou é uma viagem através da inevitável efemeridade das coisas… Um dos mais brilhantes e premiados documentários portugueses dos últimos anos.
"Em terra de cego quem tem olho..."
Co-produção nipo-canadense-brasileira, o longa só vai estrear mundialmente a partir de setembro. No elenco multiétinico (ou “globalizado”, se preferir) estão Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Alice Braga, Gael García Bernal e Sandra Oh. Nos países de língua portuguesa o filme terá o mesmo nome do romance, deferimento do Saramago.
Voltando ao Cannes, "Blindness" dividiu crítica e público: foi recebido com frieza por um e com aplausos de cinco minutos por outro. "Não vai obter fãs, mas muitos admiradores entrincheirados", profetizou a revista Time; já o jornal Le Monde o denominou um “thriller filosófico”.
Na rede, além do site oficial, o filme tem um blog chamado "Diário de Blindness", escrito pelo próprio Meirelles, onde acompanhamos desde o primeiro “não” de Saramago, passando pelo encontro do autor português com o diretor em Lisboa, as filmagens (no Canadá, Uruguai e Brasil), as diversas montagens e todas as nuances que um sett pode ter. Bem interessante ver esses “extras”, como um bônus de DVD que ainda será lançado.
O livro, editado em Portugal pela Editorial Caminho e no Brasil pela Cia. das Letras , relata uma doença inexplicável, contagiosa e incurável, que deixa a visão da pessoa inundada por um “mar leitoso”. Inserido na “treva branca”, a primeira vítima vai para um oftalmologista, onde dissemina a praga para outros. Os cegos são alojados em um asilo desativado, desapropriados de seus direitos civis e vigiados por um exército que tem ordens para matar quem tentar fugir. Mas a epidemia continua a se espalhar pelo mundo mesmo assim.
Saramago faz uma grande metáfora da civilização desmoronada, das facetas da natureza humana, da degradação do sistema em si e da cegueira moral da sociedade (na epígrafe do livro: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”). Não batiza os personagens e nem a metrópole que acontece a tragédia, refletindo seus ideais comunistas. "Ensaio sobre a cegueira", o filme, além de passar a atmosfera angustiante, física e apocalíptica da literatura, terá que traduzir também toda a complexidade política, antropológica, psicológia e social. Tarefa bem difícil, como outros vários exemplos de adaptações já provaram...
Se o livro merece ser lido (e relido)? Que pergunta! Lógico! Se valer a pena assistir à adaptação em setembro? Por que não? É uma outra visão da obra! Agora, se o filme vai estar à altura da prosa de Saramago? Ai, veremos...
IndieSugestão
março é hoje
CICLO Desistir ou resistir, eis a questão
Dia 5
ESTRELA SOLITÁRIA, Wim Wenders, França / Alemanha / EUA, M/ 12, 2005, 122’
Estrela Solitária marca o regresso da colaboração entre Wim Wenders, realizador alemão com uma longa e notável carreira, e o escritor e argumentista Sam Shepard, mais de vinte anos depois de assinarem juntos um dos mais belos filmes do cinema contemporâneo: Paris.Texas, Mostrou nesse filme a sua capacidade para registar as características de certa parcela do povo americano e do ambiente muito peculiar de determinadas zonas do Sul dos Estados Unidos. Em Estrela Solitária retoma um tanto o mesmo rumo, através de um conto de sua autoria muito bem trabalhado para argumento cinematográfico com a colaboração de Sam Shepard, que em paralelo desempenha o principal papel.
Dia 12
CLIMAS, Nuri Bilge Ceylan, Turquia / França, M/ 12, 2006, 101’
O realizador e argumentista Nuri Bilge Ceylan estreia-se como protagonista junto da sua mulher, Ebru Ceylan, num filme que analisa com extrema crueza, e por vezes até um humor mordaz, as alterações da temperatura emocional de uma relação. O amor, o compromisso e o desejo vão do calor intenso ao frio gélido, do Verão mediterrânico ao rigoroso Inverno do leste. Climas (vencedor do Prémio Fipresci na edição de 2006 do Festival de Cannes) é um drama íntimo, onde as faces são a paisagem e onde, à falta de palavras, os sentimentos se revelam. Climas entra destemidamente num território caro ao que conhecemos por "cinema moderno": a intimidade conjugal, a radiografia da relação de um casal. Não por acaso, os nomes que mais têm sido citados a propósito de "Climas" são nomes de cineastas italianos - Antonioni ou Rossellini. O tipo de aproximação ao casal e à intimidade operado por Ceylan, entre silêncios e mistérios, ecoa de facto algum do cinema desses "avatares" italianos da modernidade, sem que haja nele qualquer matéria referencial.
Dia 19
A PONTE, Eric Steel, EUA / Reino Unido, M/ 12, 2006, 93’
Muitas pessoas optam por pôr termo à vida na Golden Gate Bridge mais do que em qualquer outro local no mundo. O concreto número de mortes nesse local é chocante mas talvez de forma alguma surpreendente. Se alguém se quiser suicidar, existe uma estranha lógica em seleccionar uma forma que é quase sempre fatal e um local que é mágico, misteriosamente belo.
O realizador e equipa de filmagem passaram o ano todo de 2004, um ano inteiro, a olhar cuidadosamente para a Golden Gate Bridge com câmaras ligadas durante todo o dia, a filmar a maior parte dos vinte e quatro suicídios e muitos outros que resultaram em tentativas falhadas. Adicionalmente o realizador captou quase 100 horas de entrevistas incrivelmente francas, profundamente pessoais e muitas delas tocantes, com as famílias e amigos destes suicidas, com testemunhas que estavam a caminhar, a andar de bicicleta, a conduzir na ponte, a surfar, a fazer Kiteboarding ou a andar de barco por baixo da ponte, e também com muitos de outros suicidas. A PONTE é um documentário alarmantemente profundo e poético, uma jornada visual e visceral por um dos tabus mais graves da vida. É um filme que vai garantidamente perdurar na sua mente depois de sair do cinema, quer queira, quer não. - Première Magazine
Dia 26
O ESCAFANDRO E A BORBOLETA, Julian Schnabel, França / EUA, M/ 12, 2007, 122’
A 8 de Dezembro de 1995, um acidente vascular cerebral (AVC) mergulha o jornalista Jean-Dominique Bauby num coma profundo. Ao acordar, descobre que todas as suas funções motoras estão deterioradas. Está encerrado no seu corpo - apenas consegue controlar o movimento de um olho. E será esse órgão a sua ligação com o mundo e com a vida. Será a piscá-lo que começa por indicar "sim" ou "não" até avançar para a sinalização de letras do alfabeto, construindo palavras e frases. Será assim também que escreverá "O Escafandro e a Borboleta", cujas frases memorizou antes de ditar. Esse livro e este caso verídico estiveram na base deste filme protagonizado por Mathieu Amalric e realizado por Julian Schnabel, que conquistou o prémio de melhor realizador em Cannes 2007.
Oliveira em Brooklyn
De livros a filmes
Óscares 2008
Estão aí à porta os Óscares2008, altura para fazer apostas, por isso aqui fica o desafio...
A lista completa das nomeações está aqui
Para as principais categorias, temos:
Melhor filme:
There Will Be Blood
No Country For Old Men
Atonement
Juno
Michael Clayton
Melhor realizador
Paul Thomas Anderson - There Will Be Blood
Ethan Coen and Joel Coen - No Country For Old Men
Tony Gilroy - Michael Clayton
Jason Reitman - Juno
Julian Schnabel - The Diving Bell And The Butterfly
Actor Principal
George Clooney - Michael Clayton
Daniel Day-Lewis - There Will Be Blood
Johnny Depp - Sweeney Todd: The Demon Barber Of Fleet Street
Viggo Mortensen - Eastern Promises
Tommy Lee Jones - In The Valley Of Elah
Actriz Principal
Cate Blanchett - Elizabeth: The Golden Age
Julie Christie - Away From Her
Marion Cotillard - La Vie En Rose
Laura Linney - The Savages
Ellen Page - Juno
Actriz Secundária
Cate Blanchett - I'm Not There
Ruby Dee - American Gangster
Saoirse Ronan - Atonement
Amy Ryan - Gone Baby Gone
Tilda Swinton - Michael Clayton
Actor Secundário
Casey Affleck - The Assassination Of Jesse James By The Coward Robert Ford
Javier Bardem - No Country For Old Men
Philip Seymour Hoffman - Charlie Wilson's War
Hal Holbrook - Into The Wild
Tom Wilkinson - Michael Clayton
Beaufort - Joseph Cedar - Israel
The Counterfeiters - Stefan Rudowitzky - Áustria
Katyn - Andezj Wajda - Polónia
Mongol - Sergei Bodrov - Cazaquistão
12 - Nikita Mikhalkov - Russia
e a cristina firmino gravou (tlm) o discurso do doutor honoris causa em literatura comparada especialização em literatura e cinema Manoel de Oliveira!
(é a mesma coisa, mas é só para dizer que abrimos uma conta no You Tube :D
isto é cinema!
NOVOS CORPOS GERENTES CINCELUBE DE FARO 2008 - 2009
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente – Alberto Mendonça Neves – Sócio 2380
Vice-Presidente – Eduardo Coutinho – Sócio 1377
Secretária – Cristina Firmino – Sócia 3784
CONSELHO FISCAL
Presidente – João José Vargues – Sócio 2601
Secretária - Margarida Lopes da Costa – Sócia 4052
Relatora – Clarisse Rebelo – Sócia 3265
DIRECÇÃO
Presidente – Anabela Moutinho – Sócia 2954
Vice-Presidente – Graça Lobo – Sócia 2325
Tesoureira – Ana Lúcia Correia – Sócia 2431
Secretária – Veralisa Brandão – Sócia 4105
Vogal – Nuno Santos Silva – Sócio 4088
e é assim:
com a entrada da Ana Lúcia, a Veralisa e o Nuno, já começaram novas ideias a rolar..
entre as quais, abrir a organização do ccf a outros sócios que tenham projectos, queiram colaborar e, mesmo, ser responsáveis por eles!
assim:
está com vontadinha de fazer coisas giras? APAREÇA!!
(e não só neste blog!..)
Não está certo, não
Obrigado Manoel de Oliveira
Pelo seu génio indiscutível.
Pela sua força indesmentível.
Pela sua perseverança sem par.
Pela sua erudição e cultura.
Pela sua sensibilidade tocante.
Pelo seu estilo único.
Pelo seu amor à palavra, à imagem, ao som, à música: ao cinema.
.
Obrigado, Manoel de Oliveira, por ter estado na nossa vida desde a 1ª sessão.
Por nela ter estado presente ao longo de quase 52 anos - e os mais que hão-de vir.
Faltavam exibir, na nossa história, duas longas-metragens que realizou – a distinção do Doutoramento Honoris Causa pela Universidade do Algarve, que em boa hora acolheu essa nossa sugestão saída da Assembleia Geral de Sócios em Janeiro de 2007, e que se irá concretizar no próximo dia 15 de Janeiro, além de nos encher de honra e orgulho, foi o melhor pretexto para finalmente mostrar ao público algarvio essas suas duas obras maiores.
O seu nome, a sua obra, o seu esplendor fizeram-nos crescer como cinéfilos e como seres humanos desde o dia 6 de Abril de 1956. Até hoje. E até sempre.
Bem haja, Manoel de Oliveira.
A Direcção do Cineclube de Faro
Doutoramento Honoris Causa a Manoel de Oliveira pela Universidade do Algarve
Dia 15 de Janeiro, 15h30, Grande Auditório de Gambelas
Exposição bibliográfica e documental sobre Manoel Oliveira - espólio do Cineclube de Faro - no átrio do Grande Auditório de Gambelas
No final da cerimónia o CCF entregará uma gravura dedicada a Manoel de Oliveira da autoria do artista Afonso Rocha, como testemunho de admiração e reconhecimento a este insigne realizador.
Obrigado Manoel de Oliveira
Pelo seu génio indiscutível.
Pela sua força indesmentível.
Pela sua perseverança sem par.
Pela sua erudição e cultura.
Pela sua sensibilidade tocante.
Pelo seu estilo único.
Pelo seu amor à palavra, à imagem, ao som, à música: ao cinema.
Obrigado, Manoel de Oliveira, por ter estado na nossa vida desde a 1ª sessão.
Por nela ter estado presente ao longo de quase 52 anos - e os mais que hão-de vir.
Faltavam exibir, na nossa história, duas longas-metragens que realizou – a distinção do Doutoramento Honoris Causa pela Universidade do Algarve, que em boa hora acolheu essa nossa sugestão saída da Assembleia Geral de Sócios em Janeiro de 2007, e que se irá concretizar no próximo dia 15 de Janeiro, além de nos encher de honra e orgulho, foi o melhor pretexto para finalmente mostrar ao público algarvio essas suas duas obras maiores.
O seu nome, a sua obra, o seu esplendor fizeram-nos crescer como cinéfilos e como seres humanos desde o dia 6 de Abril de 1956. Até hoje. E até sempre.
Bem haja, Manoel de Oliveira.
A Direcção do Cineclube de Faro
Doutoramento Honoris Causa a Manoel de Oliveira pela Universidade do Algarve
Dia 15 de Janeiro, 15h30, Grande Auditório de Gambelas
Exposição bibliográfica e documental sobre Manoel Oliveira - espólio do Cineclube de Faro - no átrio do Grande Auditório de Gambelas
No final da cerimónia o CCF entregará um testemunho da sua admiração e reconhecimento a este insigne realizador.
Feliz 2008
Já agora, também achei bem interessante a edição dos dois"10 mandamentos" de Cecil B. DeMille.
SINOPSE
A Infância de Ivan, é o primeiro filme do visionário realizador russo, Andrei Tarkovsky. Um filme com um forte impacto emocional e visual, um portento dos muitos temas que Andrei Tarkovsky desenvolverá ao longo da sua lendária carreira. Ivan é um rapaz de 12 anos de idade que vagueia pelas terras russas, fronteiriças com a Alemanha, destruídas pela Segunda Guerra Mundial. Entre os sonhos arrebatados com a sua família ausente e uma realidade composta por crostas de lama e sangue, ficamos a saber que o seu pai, mãe e irmã tinham sido mortos pelos alemães e que desde então Ivan tinha ingressado nos Serviços Secretos do Exército Russo. Apesar de chocante, a sede de sangue e vingança é contra-balançada com a inocência dos seus sonhos e memórias e com a sua lírica ligação à terra, criando imagens de uma infância perdida e de um triste futuro. Protegido e amado pela sua família ocasional, os austeros oficiais russos, Ivan consegue permanecer no exército e acaba por ser colocado noutra missão, que o leva directamente para as linhas de fogo.
Interpretação - Nikolai Burlyayev, Valentin Zubkov, Yevgeni Zharikov, Stepan, Krylov, Nikolai Grinko, Dmitri Milyutenko, Valentina Malayavina
Realização - Andrei Tarkovsky
Argumento - Vladimir Bogomolov
Produção - Mosfilm
Fotografia - Vadin YusovTradução - Alexandre Bazine
REALIZADOR Andrei Tarkovsky
INTÉRPRETES Nikolai Burlyayev, Valentin Zubkov, Yevgeni Zharikov, Stepan, Krylov, Nikolai Grinko, Dmitri Milyutenko, Valentina Malayavina.
Já quase que me tinha esquecido deste grande filme da escola russa de cinema, onde tarkovski é um dos seus grandes realizadores.
O cinema têm destas coisas estamos sempre a recordar grandes filmes, e este a infância de ivan é um filme ímpar.
(Feliz cinema novo!)
(*Está listado no imdb como assistente de realização do Duplo Exílio, do Artur Ribeiro.)