Em Shattered Glass, Ray conta-nos a história do jovem jornalista Stephen Glass que durante anos publicou dezenas de artigos inteiramente fabricados (ficcionados) com pessoas, empresas e acontecimentos fictícios, o que não deixa de ser interessante, pois é um movimento inverso mas semelhante ao que o cinema faz da realidade que por sua vez deveria ser o domínio do jornalismo (ou não).
Mais recentemente em Breach, baseado na investigação que levou à prisão de Robert Hanssen, agente do FBI que durante anos fez espionagem para a URSS e mais tarde Rússia (depois do colapso da União), a mentira é dulpa, pois o filme é contado do ponto de vista do jovem pseudo-estagiário Eric O'Neill, que é colocado a trabalhar com Hanssen, de forma a poder relatar todos os seus movimentos suspeitos aos superiores do FBI (na verdade, a mentira chega a ser tripla, pois numa primeira abordagem, a agente que contacta O'Neil também lhe esconde a verdade dos verdadeiros pretextos para a sua investigação).
Repare-se igualmente nas semelhanças dos dois protagonistas de ambos filmes. Ambos jovens ambiciosos e dispostos a mentir. E as fronteiras morais da mentira ficam ténues, quando a pequena mentira se multiplica e expande perante o exterior monstruoso que envolve o protagonista -- em Glass, os media, em Breach o mundo dos serviços secretos.
Billy Ray é um cineasta cuja carreira será interessante seguir, ficando a questão no ar se Ray irá se especializar neste cinema ficcional-do-real-da-mentira e, em caso afirmativo, qual será o próximo grande embuste Americano que irá retratar.
Mais recentemente em Breach, baseado na investigação que levou à prisão de Robert Hanssen, agente do FBI que durante anos fez espionagem para a URSS e mais tarde Rússia (depois do colapso da União), a mentira é dulpa, pois o filme é contado do ponto de vista do jovem pseudo-estagiário Eric O'Neill, que é colocado a trabalhar com Hanssen, de forma a poder relatar todos os seus movimentos suspeitos aos superiores do FBI (na verdade, a mentira chega a ser tripla, pois numa primeira abordagem, a agente que contacta O'Neil também lhe esconde a verdade dos verdadeiros pretextos para a sua investigação).
Repare-se igualmente nas semelhanças dos dois protagonistas de ambos filmes. Ambos jovens ambiciosos e dispostos a mentir. E as fronteiras morais da mentira ficam ténues, quando a pequena mentira se multiplica e expande perante o exterior monstruoso que envolve o protagonista -- em Glass, os media, em Breach o mundo dos serviços secretos.
Billy Ray é um cineasta cuja carreira será interessante seguir, ficando a questão no ar se Ray irá se especializar neste cinema ficcional-do-real-da-mentira e, em caso afirmativo, qual será o próximo grande embuste Americano que irá retratar.
7 comentários:
olá artur :-)
mas estes filmes estão distribuídos em portugal?
beijocas!
O Breach (Quebra de Confiança) está nos cinemas, inclusive no Algarve:
Castello Lopes - Algarve Shopping
Sala 3
18h50, 21h50
E o Shattered Glass passou há uns dois anos, não sei se haverá em DVD, mas teve distribuição em Portugal.
ahhhhh é esse?!?
maldita mania a minha de, salvo algumas excepções, nunca sequer reparar, quanto mais recordar, o título original daquilo que está em circuito...
thx.
não vi ainda (como se nota)
fiquei com curiosidade (como se nota)
beijinhos (mesmo que não se note)
Com os tristes títulos portugueses que normalmente os filmes levam em cima, tenho a mania de fazer o contrário, reparar só nos títulos originais, o que às vezes também causa algum embaraço no momento de pedir o bilhete na bilheteira (aconteceu com este -- vá lá que a senhora que lá trabalhava não pensou que lhe estivesse a chamar "bitch"...) :)
Beijinhos também!
ouvi mto boas referências ao breach, sim...
Breach é um magnífico estudo sobre a traição em vários níveis. Será a traição a uma amizade mais justificável do que a traição ao País? Chris Cooper é excelente.
necessario verificar:)
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