CADA UM O SEU CINEMA
33 Realizadores
Um filme absolutamente único, realizado por ocasião dos 60 anos do Festival de Cannes, o festival de cinema mais importante do mundo, reúne o modo como 33 cineastas de 25 países olham o cinema e as salas de cinema, lugar de comunhão dos cinéfilos do mundo inteiro. Objecto cinematográfico imperdível, autêntico compêndio do estado do mundo do cinema e das singularidades de cada cineasta. Ad curtas-metragens que o compõem são realizados por autores como David Cronenberg, Jean-Pierre et Luc Dardenne, Nanni Moretti, Wong Kar-Wai, Abbas Kiarostami, Takeshi Kitano, Ken Loach, Walter Salles, Gus Van Sant, David Lynch, Manoel de Oliveira...
Título Original: Chacun son Cinéma
Realização:
Theo Angelopoulos - Three minutes
Olivier Assayas – Upsurge
Bille August - The Last Dating Show
Jane Campion - The Lady Bug
Youssef Chahine - 47 Years Later
Chen Kaige - Zhanxiou Village
David Cronenberg - At the Suicide of the Last Jew in the World in the Last Cinema in the World
Jean-Pierre & Luc Dardenne – Darkness
Manoel De Oliveira - Sole Meeting
Raymond Depardon - Open-Air Cinema
Atom Egoyan - Artaud Double Bill
Amos Gitai- Le Dibbouk de Haifa
Hou Hsiao-Hsien - The Electric Princess Picture House
Alejandro González Iñarritu - Anna
Aki Kaurismäki- The Foundry
Abbas Kiarostami - Where is my Romeo?
Takeshi Kitano - One Fine Day
Andrei Konchalovsky - In the Dark
Claude Lelouch- The Cinema Around the Corner
Ken Loach - Happy Ending
David Lynch – Absurda
Nanni Moretti - Diary of a Movie-Goer
Roman Polanski - Cinéma érotique
Raúl Ruiz- The Gift
Walter Salles- 5.557 Miles From Cannes
Elia Suleiman - Awkward
Tsai Ming-Liang - Its a Dream
Gus Van Sant - First Kiss
Lars Von Trier – Occupations
Wong Kar Wai - I Travelled 9000 km to Give it to You
Zhang Yimou - Movie Night
Origem: França
Ano de estreia: 2007
Duração:100’
Dia 12
O LAÇO BRANCO*
Michael Haneke
A primeira coisa que salta à vista em O Laço Branco, Palma de Ouro de Cannes 2009, é a sua forma majestosa, um pouco ostensiva: um preto e branco sublime numa ampla profundidade de campo, com graduações a negro e elipses hábeis, a ausência total de música (salvo quando as personagens entram em cena), uma filmagem de precisões evidentes e de um rigor imponente, dos actores à equipa técnica (as personagens são muitas e mesmo as crianças-actores são incontestáveis): aqui, tudo é perfeitamente fluido. Ora revela-se rapidamente que esta clareza serve não só para retirar as máscaras e desvendar certas verdades escondidas e desagradáveis, mas também, paradoxalmente, para confundir o olhar e os sentidos...
Título original: Das weisse Band
Realização e Argumento: Michael Haneke
Interpretação: Christian Friedel, Ernst Jacobi, Leonie Benesch, Ulrich Tukur, Ursina Lardi, Fion Mutert
Direcção de Fotografia: Christian Berger
Montagem: Monika Willi
Origem: Alemanha/Áustria/ França/ Itália
Ano de estreia: 2009
Duração: 144’
Dia 19
MOON – O OUTRO LADO DA LUA*
Duncan Jones
Um ‘pequeno’ (mas apenas em orçamento) filme independente de ficção-científica que merece a data apontada na agenda para os fãs do género, um dos filmes sensação do ano em vários festivais do mundo. Moon é um filme feito com paixão ao género, uma antítese a tudo que vemos de ficção-científica nos dias de hoje, e inspirado nos grandes clássicos dos anos 70 e 80, tais como 2001: Uma Odisseia no Espaço de Kubrick ou Solaris de Tarkovsky.
Título original: Moon
Realização: Duncan Jones
Argumento: Duncan Jones e Nathan Parker
Interpretação: Sam Rockwell, Kevin Spacey, Dominique McElligott, Rosie Shaw, Adrienne Shaw, Kaya Scodelario
Direcção de Fotografia: Gary Shaw
Música: Clint Mansell
Montagem: Nicolas Gaster
Origem: Reino Unido
Ano de estreia: 2009
Duração: 97’
Dia 26
ANDANDO*
Hirokazu Kore-Eda
É uma delicada e subtil história de família contada com uma naturalidade tanto mais desarmante quanto não escamoteia, de todo, o mal que as famílias fazem a si próprias, a crueldade que insistem em infligir àqueles que não têm culpa nenhuma a não ser não se conformarem à imagem que se quer ter deles. Um filme que usa de modo inteligentíssimo o peso dos rituais de família para revelar a extensão das correntes subterrâneas que dilaceram os Yokoyama, através de pormenores discretos, diálogos aparentemente casuais, olhares, ausências... Koreeda afirma-se como um dos mais óbvios herdeiros do cinema clássico japonês - o de Mizoguchi e Kurosawa, mas também o de Ozu e Naruse que Andando parece encontrar as suas principais fontes de inspiração.
Título Original: Aruitemo Aruitemo
Realização: Hirokazu Kore-Eda
Argumento Hirokazu Kore-Eda
Interpretação: Hiroshi Abe, Yui Natsukawa, Kazuya Takahashi, Shohei Tanaka, Miyuri Kudo, Mitsuhiro Tamura
Direcção de Fotografia: Yutaka Yamazaki
Música: Gontiti
Montagem: Hirokazu Kore-Eda
Origem: Japão
Ano de estreia: 2008
Duração: 114’
* Filmes escolhidos por votação dos sócios
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