A CANÇÃO DO MAR | 19 NOV | IPDJ | 11H



 A CANÇÃO DO MAR
 Tomm Moore, DK/BE/IE/LU/FR, 2014, 93', M/6
(Audio PT) 


SINOPSE
Ben e Searsha vivem com o pai na parte superior de um farol numa pequena ilha. Para os proteger dos perigos do mar, a avó leva-os para a cidade. Ben descobre quea sua irmã mais nova é uma Selkie, uma fada do mar, cuja canção pode libertar seres mágicos do destino a que os condenou uma bruxa.



FICHA TÉCNICA
Realização: Tomm Moore
Argumento: Will Collins e Tomm Moore
Montagem: Darragh Byrne e Darren T. Holmes
Música: Bruno Coulais
Origem: Dinamarca/Bélgica/Irlanda/Luxemburgo/França
Ano: 2014
Duração: 93’


  


CRÍTICAS
 
Uma das grandes maravilhas do cinema de animação é o encontro com o mito, essa inspiração que primeiro tocou o universo literário, e só depois deu origem a filmes tão inesquecíveis como A Pequena Sereia (1989) ou, ainda recentemente, O Conto da Princesa Kaguya (2013). É nessa mesma fonte que vamos descobrir A Canção do Mar, de Tomm Moore, que respira a mitologia celta das terras irlandesas, convocando a lenda das Selkies: mulheres-focas que podiam viver com os humanos, quando despidas da sua pele animal. Moore, fiel às origens, situa a história numa remota ilha irlandesa, onde um faroleiro vive com os seus dois filhos - um rapaz irritadiço, Ben, e um menina mais nova, Saoirse, que parece ter guardado da mãe (desaparecida) a serenidade marítima. Os dois irmãos, levados pela avó paterna para a cidade, lançam-se numa aventura de retorno a casa que vai pôr em risco a vida da pequena Soirse, uma menina-foca.
Nomeado para o Óscar de animação em 2015, este conto familiar é de uma imensa subtileza, inteligência e sensibilidade, tanto na criação visual como narrativa. Um verdadeiro encanto.
Inês Lourenço, dn.pt






Filme de animação de base irlandesa, é uma narrativa que usa histórias tradicionais daquele país e as traduz numa obra que é, ao mesmo tempo, despojada, simples e sofisticada. A sua simplicidade vem do uso do desenho a lápis e a aguarela como técnica primária, embora não dispensando trabalhos digitais. A sua sofisticação vem do modo como o grafismo consegue mesclar uma figuração 'realista' de modelo naïf com formas abstratas, criando um universo visualmente muito rico. Destinado a uma audiência infantil, mas visando também públicos adultos, "A Canção do Mar" foi, em 2015, um dos nomeados para o Óscar.
Jorge Leitão Ramos, Expresso







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