Timing


I love you, Honey Bunny! Maio de 1995. Fim da tarde. Alguém me leva ao IPJ. Constava que por esses lados ia ser exibido um filme interessante! Vamos lá. Ver cinema é sempre um bom programa.

Everybody cool, this is a robbery! Por onde tinha eu andado nos últimos 39 anos para só nesta altura ter o meu primeiro encontro imediato com o Cineclube de Faro? Bom... pelos primeiros 17 tenho desculpa, pois ainda não me tinha propriamente materializado. Pelos 10, 12 seguintes, sou capaz de arranjar álibis válidos (aprender a falar, andar, escrever, encaixar peças de lego umas nas outras - coisas assim...) Pelos outros 10 já não consigo encontrar uma resposta tão facilmente. Apesar de tudo, o gosto pelo cinema já lá andava: lembro-me de, algures na década de 80, ter visto (uma noite, por acaso) o Saló ou os 120 Dias de Sodoma na RTP2... e ter gostado! Achei-o terrivelmente estranho, mas fez-me perceber que havia outro tipo de cinema, que não só aquele que passava aos domingos à tarde na televisão.

Let's see what you can do. Take it away! O Pulp Fiction foi, nessa tarde, o elo de ligação que até aí me escapara. Aqui estava... Tão perto! O local onde eu poderia descobrir esses filmes que já devia ter visto, que devia estar a ver, que aperfeiçoariam a minha personalidade, porque...

Personality goes a long way...

Indeed!